quinta-feira, abril 13, 2006

A Domadora de Baleias


Hoje venho falar-vos de um filme que embora, tenha passado ao largo nos circuitos comerciais é um filme que vi há algum tempo e que se tornou num dos meus filmes favoritos: The Whale Rider

Numa pequena aldeia da costa da Nova Zelândia, uma tribo Maori acredita ser descendente de Paikea, o Domador de Baleias. De geração para geração, o título de Grande Chefe vai passando para cada herdeiro, numa tradição que dura há mais de mil anos. Porourangi, o filho mais velho do actual Grande Chefe, tem 2 filhos gémeos, um rapaz e uma rapariga. O rapaz morre com a mãe à nascença, mas Pai, a rapariga, sobrevive. Abalado com a tragédia, Porourangi parte e deixa Pai entregue ao avô, Koro, o Grande Chefe. Este recusa reconhecer a neta como a sucessora da tradição, afirmando que ela não tem qualquer utilidade para ele. Passados 12 anos, Porourangi, agora um artista internacional, regressa a casa e deveria aceitar o seu destino e suceder a Koro, mas esta não é de todo a sua intenção. Koro, cego pelo preconceito, não se convence que Pai é a natural herdeira, acreditando que os azares da família começaram com o seu nascimento. Koro manda então chamar todos os rapazes de 12 anos para os treinar, e tentar encontrar um novo líder. Mas é entretanto, do fundo do oceano que vem a resposta. As baleias e Pai, preparam-se para encontrar o seu destino conjunto.

O filme é realizado por Niki Caro e brilhantemente interpretado por Keisha Castle-Hughes, Rawiri Paratene, Vicky Haughton.

Foi inspirado no romance homónimo de Witi Ihimaera, o autor teve a ideia de escrever o livro em 1985. Nessa época vivia em Nova Iorque perto do rio Hudson. Ihimaera conta que um dia começou a ouvir o rebuliço de vários helicópteros a voar e as sirenes dos navios que passavam pelo Hudson. Ao que parece, uma baleia tinha subido o rio estava a ter a sua cria.
«Fez-me pensar na lenda de Paikea, que se conta na minha terra natal, em Whangara (Nova Zelândia)», conta o autor.
Segundo a lenda, os antepassados do povo maori, que habita, o local vieram para a Nova Zelândia numa canoa. O fundador da tribo, Paikea, chegou à ilha montado nas costas de uma baleia, que o salvou quando a sua canoa se virou.

O que torna esta película um dos filmes da minha vida é, parece-me, a proximidade e empatia que consegue criar com o espectador: começando pela forma de contar a história dotada de enorme simplicidade, seguido do simbolismo que consegue transmitir face a alguns dos problemas de inúmeras culturas e sociedades (simbolismo esse em referência à génese de tudo: da ligação do ser humano com a Natureza), passando por algumas pitadas q.b. de humor e terminando na beleza da fotografia, das deslumbrantes paisagens neozelandesas e da banda sonora, que infelizmente não possuo.
Salta à vista é a extraordinária prestação da pequena Pai que, sem perder a aura de ingenuidade de uma criança, encarna a luta comovente de quem não consegue encontrar, apesar de dotada, o seu lugar no Mundo devido a meros constrangimentos sociais.
Keisha Castle-Hughes foi nomeada em 2003 para Oscar de melhor actriz com o desempenho neste filme.

Já agora o novo filme de Nicky Caro é nada mais nada menos que North Country que recolocou Charlize Theron no lote de nomeadas para o Óscar de melhor actriz este ano.

Quem quiser saber mais sobre o filme e sobre o povo Maori e a Nova Zelândia clique aqui.

11 Comments:

At 9:30 da manhã, Anonymous Anónimo said...

humm, despertou-me a atençao. Nao conheço o filme, mas vou concerteza procurá-lo nas prateleiras do videoclube.

obrigada pela sugestão

 
At 10:50 da manhã, Blogger Periférico said...

Por acaso cheguei a ver esse filme no cinema e já na altura achei interessante e fora de vulgar. ;-)

Beijos

 
At 11:06 da manhã, Blogger princesa said...

vou tentar ver...

obrigada pela dica

:)

 
At 11:46 da manhã, Blogger Hindy said...

Bom dia Papoilinha! Estou a ultimar o desafio que me propuseste.
Relativamente ao filme nunca tinha ouvido falar nele mas parece-me bastante interessante. Vou procurá-lo. Beijinhos

 
At 1:43 da tarde, Blogger Francis said...

Já conhecia o "Domador de cavalos". Agora este...
É uma boa alternativa aos guionistas saturados de Hollywood, tendo em conta que existem milhões de espécies diferentes :-)
Páscoa muito feliz!

 
At 7:28 da tarde, Blogger wind said...

Deve ser um filme interessante.

 
At 10:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ainda não conheço o filme!
Olha, uma Páscoa muito feliz e aproveita cada bocadinho porque dia 18 voltamos à carga!
Beijinhos,
Daniela

 
At 10:58 da tarde, Blogger armando s. sousa said...

Não vi este filme, mas fiquei convencido a compra-lo em versão DVD. Parece que já tenho alguma coisa para fazer este fim de semana.
Muito boa Páscoa, extensível a toda a tua família e amigos.
Um abraço.

 
At 11:09 da tarde, Blogger mixtu said...

Não conhecia.. o filme, new zeland é um paraíso...
besitos

 
At 3:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

esse filme é lindo lindo lindo!!! mas, pronot, tu sabes como eu adoro tudo o q esteja relacionado com a Nova Zelândia, mas esse filme é daqueles que eu ponho mesmo no meu top 10 (so q nesses "10" n consigo escolher um para "o melhor" loool).. desculpa só vir comentar agora, mas agr q ando pela tua terra (:P) n tenho net!!
esse link da NZ está 1 espectáculo, mas fizeste-me lembrar q ainda n fui lá :( buáaaaaa... quando eu juntar aí uns 5000 euros entao vou la 1 mes!!! inteirinho!!!! loooool (ok, talvez dispense uma semanita p ir à austrália ou ent se conseguir ir ainda mais uma semana, melhor:)
isto é, qd acabar o curso já devo ter o € pa ir!!! =D podes alistar-te p ir cmg loool
bjinhos***


(gd testamento! sorry :/ )

 
At 12:40 da manhã, Anonymous Anónimo said...

cara hera,
eu vivi um ano na nova zelandia (numa carrinha) e de vez em quando trabalhava numa quinta ou outra umas semanas só para ir fazendo algum dinheiro e posso te garantir que com 5000 euros dá para ir vir e ficar lá mais que um mês. e vale bem a pena...
rão

 

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